terça-feira, 23 de março de 2010

PLENITUDE




Ja fui muito bocuda
Respondia alto e de bom tom
já fui de falar NÃO com todas as letras

Sim... fiz tudo isso sendo uma submissa
necessitava testar a mim mesma
tinha culpa em meus atos
carregava certa revolta e uma não aceitação
Queria me ver num espelho... nua e crua

Hoje, sou assim, entregue, servil e resignada
de fala mansa, não perfeita mas sempre em busca
Pergunto-me o que mudou e acho a resposta
Sinto plenitude em lhe servir

Não me arrancou nada, me fez entregar de livre e
espontanea vontade
Não precisou me pressionar, nem tampouco me vigia
ou controla meus passos, eu apenas os entrego
e sendo livre para ir vir, fico sempre aos teus pés
e isso me basta

Um comentário:

{Λїtą}_ŞT disse...

Querida [{mila}],

de ex-bocuda para ex-bocuda te digo:
isso acontece quando caímos nas mãos certas, as que estavam destinadas a nos guiar.
Acredito que exista um par para cada um(a).
A partir desse momento a compreensão se dá e nos entregamos de uma forma tão tranquila que fica fácil nos sentirmos plenas, mesmo sem o uso da força e da autoridade.
Lindo texto.
Beijos meus.

{Λїtą}_ŞT